the red wide door will find us opened
os pequenos cantos fechados, tem que estar
o cheiro é antigo
na TV um filme antigo
eu havia esquecido
como se voa em uma gaiola
cheia de nós
voo baixo pra não se arriscar
parte do novo jeito, e depois as cortinas
paraíso perdido, condenado
a esperar o tempo chegar
o sorriso não saiu
ficou pra sempre
quem vai estragar?
quem sempre?
chega nevando, chega chovendo
entendo
as formas estranhas da gente amar
espero
parou, quebrou correndo sentado
chego tua frente
poltrona veludo, vim te olhar
de perto
escudo, espelho quebrado
passivo, pacendo
fazendo meu nome, só te esperar

o que te une a essas outras ideias
o ar antigo, conforto
me traga  de volta
esse cigarro eu quero tragar
tal paranoia, quero viver
com medo
tremo só pra te ver, de te ver
o sono também
minha zona
durmo em você.

Constance

Quantas chances tu ainda vai me dar?
Depois de ver que coragem não é meu forte
Quanto tempo pretende esperar?
Pela virada inesperada
Pela jarra quebrada
Pela casa queimada

Quantas vezes eu achei que era amor?
Daquela última vez foi o que a gente achou
O vazio onde tu queria ver teu jardim
O aquário que jurei ter visto cheio
De água, coras coloridos e uma indubitavelmente linda vida marinha

Hoje o dia foi longo
Se eu parar, acho que vão demorar mais
Hoje eu quis comer sozinho
Quis seguir minha própria voz

Fazer o quê? Tua voz me acalma
Dizer o quê, só ouvir ja bastava
Me dar o que se chances não faltam
E eu fico aqui adiando minha força de ser
Pro dia que ela for indubitavelmente ausente
de virgulas, reticiencias, dialogos que nunca existiram ou existirão
E o ser feliz perder pro querer estar
Estar muito bem, as vezes meio mal
Estar contigo, as vezes brigar
Te ter mais um pouco, depois te ter muito mais
Ter amor pra dar, quando o amor próprio sobrar
Te dar a mão, quase dá pra voar

Agora que o peso que eu fui
Virou a brisa do mar.