Eu quase pego o abismo nas mãos, e por pouco não me leva acima, enquanto o poder me transforma em uma marionete que eu nem sou capaz de ser
assim deseja o renomado conselho do povo marcial, militar, eu você, e aquela promessa que fizemos um ao outro, jamais nos curvaremos uma vez que o objetivo estiver brilhando na nossa frente como um pássaro flamejante emergindo das ruínas que o cativaram como um amigo muito próximo que não sabe o quão sacana está sendo
um pássaro tão redondo que é o sol, explodindo a cada minuto, me cegando a cada segundo, enquanto luta contra um vento imprevisível que o levará contra uma tempestade muito estimulante e totalmente parte de seus planos
enquanto nós assistimos da costa, muito longe do mar, sentindo cada milímetro de sua influência nos tecidos e na rinite,
hoje esse sol é o conforto do sofá, couro, ou veludo de couro, ou bordô de couro aveludado, ou um alicerce de ganância, justamente como sempre foi tão bem aceita
e o peso do erro em direção a maré ética dando vida a criatura mais asquerosa que esse mundo já quis ver, estamos radiantes, de terno, todos iguais enquanto a água bate na nossa bunda, já que os merdas estão se debatendo na água atrás de nós, e nós merdas nos vemos refletidos no corpo do ultimo tsunami que vamos ver assolando a terra, vestido de acordo com a importância da situação: o terno de respeitosa marca, o anel de lembranças vivas e arrebetáveis, a bandeira na mesma mão, do império carismático, na outra um sorvete de laranja, novo e pronto pra preencher até o canto mais sozinho da cabeça enquanto o fio escorrendo pelo ouvido anuncia que falta espaço pra mais