S

A porta
Dá pra maçaneta
Diante, o barulho das pessoas na rua
Os fios embaralhados passaram da hora de se soltar
Mas os objetos só resistem ao tempo sem questionar

Um chuveiro recém ligado
O filme convida e uma xicara quente cai na minha mão
O lar aquário
Enquanto símbolos recentes vão caindo aos poucos, logo uma nova manta
Logo o novo album, a formação se renova e alguns ficam
A figurinha mais recente troquei pela coadjuvante do filme, de vários outros
Amanhã fez sol, eu vou perdi quantas vezes você aparecerá na tela, de diferentes rostos, expressões de outras roupas
Outros cabelos
Mas iria se impressionar quantas vezes na semana sinto o perfume:
No palpável com as pessoas, o seu único traço restante

Também quando vem, é uma mão de vapor rosa suavemente trancando a fechadura na minha nuca, dizendo “que nem eu, só no sonho ou no filme”
Eu durmo no ônibus ou ligo o netflix no quarto sozinho
Quero su mão e ombro