Não me contentar com o soco
Me concentrar, ter foco
Ter fim e lutar pra sair
Olhos e uma testa atenta

Você sua como um cheirado
Engole como uma cobra
Mantém como um dique
Jorra feito um lago sem a tampa do ralo

Não enrolar como os fios do fone
Irradiar quando se tornar insone (de vez)
Não escrever de qualquer maneira o pesadelo
Não montar as malas e esquecer no sereno

Se olhar bem de perto pode compreender e absorver
Tem uma caixa escura
Tão pequena, vai no bolso Pandora
Se abrir bem aberto, ja poderá enxergar as cinzas do vulcão mais próximo

As ruas não foram construídas por um ser-humano
Elas me construíram, no máximo
Do jeito delas, foi o que fizeram, cada lajota dando no visual do meu jeito
Do meu jeito me fizeram, do jeito delas
A praia e a ilha em frente também não foi o homem
As ruas cresceram desordenadas do jeito que os pelos da barba fizeram
Os prédio talvez sejam dos homens
Mas as ruas não e não me convença
Do meu jeito quero que me construam e me tatuem
As ruas que nunca dirigi e nem vou
No máximo vou me perder, saltar no ponto errado, ou parar na igreja em manutenção (eterna)
Me convença e do meu jeito não vão mais me fazer, do jeito delas
Me convença e tu perde uma lajota, buraco na testa, me engane e tiro esse pedaço de ti